Trata-se de um processo de desgaste na cartilagem articular, que é um tecido que reveste os ossos, evitando o atrito ósseo. É importante ressaltar que a cartilagem é um tecido muito pobre em circulação de nutrientes, o que torna a reparação extremamente difícil, e também sem nervos, o faz com que as pessoas não sintam dor, mesmo que o lesionem gravemente. Essas lesões, que podem determinar o início do fim da carreira de um atleta profissional ou mesmo obrigar o atleta amador a ter que se adaptar a novos esportes, ocorrem em camadas: a superficial é afetada inicialmente, passando pela intermediária e podendo chegar à camada profunda e assim atingir o osso. Esse processo desencadeia o desenvolvimento de artrose.

Causas mais frequentes

Traumas, como os decorrentes de torção ou contusão direta, são os principais fatores causadores de lesões súbitas. A genética, fatores biomecânicos, artrites autoimunes (reumatismos) e lesões repetitivas estão por trás do aparecimento insidioso deste problema. Muitas vezes, as lesões cartilaginosas aparecem ao mesmo tempo em que surgem lesões no menisco (também formado por um tipo de cartilagem) e rupturas ligamentares nos joelhos.

Principais sintomas

Dor no joelho é a principal manifestação das lesões cartilaginosas, que levam o paciente ao médico, porém, a maioria dos pacientes não sente nada nas fases iniciais. Outros sintomas são: crepitações (rangidos), estalos, inchaço súbito ou insidioso e deformidades.

Diagnóstico

É feito após a avaliação clínica, complementando com exames de ressonância magnética, e avaliando fatores predisponentes ou de agravamento através da radiografia ou tomografia. A artroscopia (visualização da articulações por vídeo) é a melhor forma para diagnóstico e ao mesmo tempo para tratamento.

Tratamentos

Entre os procedimentos conservadores, estão a fisioterapia e a prescrição de medicações para alívio da dor, como analgésicos e anti-inflamatórios. Também são utilizados nutracêuticos, que são compostos que atuam tanto como medicamento como suplemento, reduzindo sintomas e eventualmente a velocidade de perda de cartilagem. Colágenos, diacereína. glicosamina ou condroitina são alguns exemplos. A viscossuplementação, que é a infiltração com ácido hialurônico, é uma poderosa ferramenta para alívio dos sintomas de forma mais duradoura (entre 6 meses e 2 anos). Há ainda a radiofrequência, um procedimento que emite corrente elétrica por meio de um eletrodo para bloquear a dor. Mas, há casos em que são indicados tratamentos cirúrgicos como:

1 – Artroscopia, que é uma cirurgia menos invasiva do que a tradicional que também visa reparar a lesão;

2 – Reparos abertos de cartilagem, que é o tratamento de lesões por via aberta (incisão cirúrgica maior) ao invés de pela via artroscópica;

3 – Osteotomia, que é uma cirurgia para realinhamento ósseo e melhor distribuição da pressão;

4 – Artroplastia, que permite a colocação de próteses (substituição da cartilagem e osso lesados por componentes metálicos e plásticos de alta tecnologia);

5 – Autoenxerto, que é retirada de cartilagem de um local saudável não usado ou pouco usado para o lugar da lesão, geralmente mais usada e/ou doloroso;

6 – Enxerto artificial, uma técnica moderna, chamada de scaffolding (andaime). Essa estrutura é colocada no local da lesão, o que permite com que células produzam um tecido mais próximo da cartilagem original (cartilagem hialina), dentro dessa estrutura.

Cada paciente terá o tratamento recomendado a partir de avaliação personalizada por parte do médico ortopedista.

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